Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus,
que me amou e se entregou por mim.
(Gálatas 2.20)
A páscoa para o judeu
simbolizava a libertação do jugo da escravidão e o início de sua caminhada para
Canaã, a terra prometida. Junto a sua celebração tinham quatro elementos: o pão
sem fermento, o cordeiro sacrificado, as ervas amargas e ainda o sangue do
cordeiro que fora colocado sobre os umbrais das portas para impedir que o anjo
da morte entrasse naquela casa. A Páscoa cristã relembra a última Ceia do
Senhor Jesus com seus discípulos, a sexta da paixão com seu sacrifício, o
sábado da espera e o domingo da ressurreição. Quando o apóstolo Paulo se refere
a sua crucificação juntamente com Cristo, enfatiza a obra de redenção que
Cristo fez por nós e que agora nós também devemos viver com Cristo, sendo Ele a
nossa razão de viver, a nossa Páscoa! O que o apóstolo aborda é que se Cristo
morreu por mim, eu também preciso morrer
para mim mesmo, que em minha vida
deve crescer Cristo e que viver pela
fé é entender a grande prova de amor que Deus nos ofereceu.
A afirmação de Paulo:
“Fui crucificado com Cristo”, nos leva a entender que precisamos morrer para
nós mesmos. Enquanto que a morte de Jesus me purifica de todo pecado, a minha mortificação
diária e contínua, me santifica para a vida em Cristo, porque quanto mais o meu
EU morrer, mais DEUS vai viver em mim. É assim que funciona, por isso é
necessário que todos os que tem nova vida em Cristo declarem: “É necessário que Ele cresça e eu diminua”
(João 3.30), por isso que o próprio Jesus declarou aos seus discípulos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si
mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24).
Logo em seguida o
apóstolo afirma que já não é mais ele quem vive, mas que Cristo vivia nele.
Estamos no período pascal, temos que declarar e cada vez mais viver essa
verdade, que Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.7), foi ele quem se colocou no meu
lugar para que eu tivesse a oportunidade da salvação, Cristo é a nossa VIDA. A
Páscoa somente faz sentido quando Jesus é o centro, pois Ele venceu a morte e
ressuscitou, mas o caminho da ressurreição de Jesus foi também o caminho da
cruz, da entrega total ao Pai, da direção plena e exclusiva do Espírito Santo
sobre sua vida. Dessa forma devemos viver!
Por fim, o desafio que o
texto nos faz é: viver pela fé e entender o grande amor de Deus. A vida que
agora vivemos em Cristo deve ser como que fora do corpo, deve ser uma vida de
fé, uma vida que declare que o Senhor Jesus é o centro da minha vida e tudo que
faço, absolutamente tudo, deve ser para glorificar a Deus. Deus me amou
primeiro, o amor de Deus me alcançou quando eu ainda era pecador e por isso Ele
se entregou por mim. E essa é uma grande e maravilhosa prova, como afirma o
apóstolo Paulo em Romanos 5.8: “Porém,
Deus comprova seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido em nosso
benefício quando ainda andávamos no pecado”.
Jesus já foi crucificado,
ressuscitou e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso. Assim como os
discípulos estavam no sábado, depois da crucificação e antes da ressurreição,
assim estamos hoje... entre a primeira vinda e aguardando o retorno do Senhor.
Hoje vivemos o tempo do sábado, à espera da volta do Senhor Jesus... Viva esse
dia glorificando ao nosso Senhor Jesus, viva essa Páscoa intensamente, pois
creia... Ele voltará!
Que Deus vos abençoe!
Shalom!
Rev. Valdomiro Cardoso Filho
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