“Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém”.
O pai chama seu filho e ele responde: Já vou! O pai pacientemente chama novamente, e ouve a mesma resposta, passado alguns minutos, o filho começa a gritar, o pai corre para o quarto, ouve o choro do guarda-roupa, abrindo a porta, visualiza o menino em prantos e desconsolado, que se atira nos braços do seu resgatador. O filho conta que havia se escondido quando ouviu a voz do pai, mas sentiu-se preso quando não conseguiu sair.
Fatos assim e outros mais, acontecem no dia a dia das famílias, muitas vezes os filhos, não atendem o chamado dos pais, são resistentes, demoram em responder, mas são ágeis em pedir socorro quando estão em apuros. Isto tudo enobrece o papel de um pai de família, faz deste simples mortal um herói. Mas todos sabem que na vida real não é fácil ser herói, tem que estar presente com os filhos, acompanhar o seu aprendizado e ajudá-los em suas tarefas, precisa prover recursos para manter o sustento da casa e dos estudos, ser amigo, referência no lar para mostrar o amor exigente e disciplinar, é necessário dar o colo, abraçar, beijar, sorrir e chorar, enfim, ser pai.
Lembro que acordava de madrugada e chamava meu pai para ir ao banheiro, ele atendia o meu chamado, levantava e aguardava até eu retornar para a cama, depois o protetor, retornava para seu descanso. Mas, costumeiramente, era demorado em responder aos seus chamados.
Muito semelhante ao que acontece com o nosso relacionamento com Deus, deixamos ou demoramos em responder o seu chamado, mas quando estamos em apuros gritamos desesperados pelo seu auxílio e proteção. Jesus nos apresentou Deus como Pai, que está conosco no dia a dia, com o sustento, perdão, fortalecimento e proteção. Devemos honrar o nosso pai sanguineo, o nosso Pai celestial e também devemos ser pais honrados, para que deixemos a melhor herança que os filhos podem ter: o exemplo.
Quando lembro o tempo de criança, penso que poderia ter feito muita coisa diferente. O fato é que o nosso relacionamento com Deus é de pai para filhos, eu posso sim, responder prontamente a Deus quando me chamar, não me esconder, obedecer a sua voz, para que no momento em que estiver em dificuldades, não precise gritar por socorro, apenas precisarei falar, pedir..., porque o meu Pai, está do meu lado.
Talvez o seu sentimento seja de quem está preso, pode gritar, chorar, clamar, com toda certeza, o Pai virá em seu encontro, mas depois disto, não se afaste mais de Sua presença, porque somente com Deus você e eu, estaremos realmente seguros.
“E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai”. (Gálatas 4.6)
Pr. Valdomiro Cardoso Filho
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