Os crentes não oram com a intenção de informar a Deus a respeito das coisas que ele desconheça, ou para incitá-lo a cumprir o seu dever, ou para apressá-lo, como se ele fosse relutante. Pelo contrário, eles oram para que assim possam despertar-se e buscá-lo, e assim exercitem sua fé na meditação das suas promessas, e aliviem suas ansiedades, deixando-as nas mãos dele; numa palavra, oram com o fim de declarar que sua esperança e expectativa das coisas boas, para eles mesmos e para os outros, está só nele. A oração não é feita para nos exaltarmos diante de Deus, nem para que seja apreciado o que há em nós, mas para confessarmos a nossa miséria e para fazermos sentida lamentação de tudo o que pesa sobre nós, como uma criança faz a seu pai. Ao contrário, pois, de causar temor, o senso de miséria pessoal deve antes ser como uma espora ou como um aguilhão que nos incite à oração. Como somos advertidos pelo exemplo do profeta, que orou a Deus pedindo-lhe: “ Compadece-te de mim, Senhor;
Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14.6)